Um dos grandes desafios dos gestores é conseguir otimizar os processos internos da empresa, principalmente no que diz respeito ao controle dos estoques. Quando a gestão consegue reduzir os custos envolvidos na organização e agilizar as tarefas de rotina de que precisa para funcionar bem, a empresa obviamente se torna mais competitiva no mercado. A boa notícia é que já são várias as ferramentas disponíveis para que aqueles que detêm o poder decisório dentro da empresa possam chegar a um ótimo nível de controle e resultados. Nesse contexto, um dos sistemas mais tradicionais e apreciados é a chamada curva ABC. Você por acaso sabe como esse método funciona e qual é seu papel no aprimoramento dos processos internos de uma empresa? Então confira e aprenda:
No que afinal consiste essa tal curva ABC?
A curva ABC também é conhecida por outras designações entre administradores e gerentes de estoque, como, por exemplo, análise de Pareto ou regra 80/20. Isso porque se trata de uma técnica de classificação de informações que toma por base a teoria de Vilfredo Pareto, um economista italiano que observou em seus estudos que 80% da riqueza da Itália se concentrava nas mãos de 20% de sua população. Mais tarde, o consultor de negócios romeno Joseph Moses Juran desenvolveu a ideia de que, para muitos fenômenos, 80% de seus efeitos ou de suas consequências vêm de 20% das causas, nomeando sua ideia em homenagem a Pareto.
Como transportar o método para o controle de estoques?
Como 80% das consequências se originam de 20% das causas, dentro da área do controle de estoques essa proporção terá influência direta na forma de classificar os produtos no inventário. Assim, o critério de peso será a importância relativa dos itens: aqueles artigos que possuem maior impacto ou importância nas vendas — que estarão em menor número, quando comparados aos itens restantes — merecerão maior atenção do gestor.
A verdade é que esse método é tradicionalmente usado por muitas empresas, exatamente porque presta alta eficiência e confiabilidade para quem está à frente do monitoramento dos estoques. Por meio do processo estabelecido por tal método, pode-se definir, de modo eficaz e objetivo, o grau de importância das mercadorias estocadas. Assim o gestor será capaz de planejar com muito mais segurança seu acervo e controlar o estoque de diferentes produtos.
Mas como aplicar a regra 80/20 na empresa?
A ideia principal é chegar à divisão de produtos em categorias bem determinadas, separando-os em classes A, B e C. Os itens que ficam na classe A são aqueles de maior importância ou valor para a empresa, que normalmente correspondem a 20% dos artigos com os quais a organização trabalha e mais ou menos a 80% de sua margem de lucro. Os itens da classe B são aqueles que têm relevância ou valores intermediários, satisfazendo a 30% do total. Já as mercadorias que integram a classe C são as de menor importância ou valor, equivalendo a 50% do total.
Os dois critérios mais utilizados para que o gestor possa analisar bem o inventário e chegar a uma boa conclusão sobre tal processo classificatório são o giro de um item nos estoques e a lucratividade final que ele traz para a empresa. Nada complicado, não concorda?
E você, por acaso sabe quais itens são os mais importantes para sua empresa, que geram mais lucros e têm alto giro em seus estoques? Como você tem otimizado suas operações de controle e reduzido os desperdícios de recursos financeiros dentro da organização? Já pensou em empregar a curva ABC no seu acervo? Comente aqui e compartilhe suas experiências e impressões conosco!