Com o crescente volume de negócios em escala mundial e a imensa quantidade de produtos transportados diariamente, aumenta também a quantidade de lixo gerado e de materiais que precisam ser mandados de volta à sua origem. Esse tráfego de produtos no sentido contrário da cadeia de produção normal (dos clientes em direção às indústrias) precisa ser tratado adequadamente, para evitar trabalho e custos extras.
A logística reversa é a área responsável por este fluxo reverso de produtos, seja qual for o motivo: reciclagem, reuso, recall, devoluções, etc.
A importância deste processo reside em dois extremos: em um, as regulamentações, que exigem o tratamento de alguns produtos após seu uso (como as embalagens de agrotóxicos ou baterias de celulares); na outra ponta, a possibilidade de agregar valor ao que seria lixo.
“a implementação de um processo de Logística Reversa (…) pode levar a uma redução de custo no produto acabado.”
Pode-se constatar que a implementação de um processo de Logística Reversa, além de conduzir à satisfação de exigências normativas, como a ISO 14000, pode levar a uma redução de custo no produto acabado, principalmente quando existe o reuso do material de descarte, sobras industriais, partes de equipamentos e sucatas em geral.
O estabelecimento de novas regras de mercado e consequência da urgência e demanda houve também a criação de uma ISO que viesse de encontro com os anseios por uma gestão de qualidade voltada ao gerenciamento sócio-ambiental.
A certificação dos Sistemas de Gestão Ambiental está se tornando uma necessidade primária para a realização de negócios em muitas regiões ou indústrias. As grandes empresas do setor automobilístico, por exemplo, estabeleceram uma meta para que todos seus fornecedores tenham um SGA certificado de acordo com a ISO-14001. A penalidade para aqueles que não se certificarem será a exclusão da lista de fornecedores autorizados. Um preço muito alto para aqueles que ainda pensam que o SGA é uma despesa para a Organização ao invés de pensar que é um investimento com alto nível de retorno.
Porém, muitas empresas ainda não se atentaram a este crucial ponto. As que se preocupam lucram em vários setores: valorização da reputação e imagem, fidelização da clientela, auto-sustentabilidade, economia e descoberta de novos nichos de mercado, entre outros fatores de relevo.
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ABNT. NBR ISO 14001 Sistemas de gestão ambiental – Especificação e diretrizes para uso. Rio de Janeiro, 1996
Leandro Callegari Coelho http://www.logisticadescomplicada.com/a-nova-onda-logistica-reversa/
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