Quando acontece algum problema na empresa, a tendência é esquecer as causas e agir no efeito. Além disso é muito comum que o tratamento do problema se encerre na disposição imediata, ou seja, na “correção da ocorrência” para restabelecer a condição de normalidade.
Existe uma diferença sutil entre “ação corretiva” e “correção”. Conceitualmente uma “ação corretiva” é uma ação para eliminar a causa de uma não-conformidade identificada ou uma situação indesejável (ISO 9000:2005) e ela deve ser executada para prevenir a repetição da não-conformidade. Já a “correção” é uma ação para eliminar uma não-conformidade (ISO 9000:2005).
Caso tenha acontecido um incêndio na sua empresa, ou algum funcionário sofreu um acidente de trabalho, não tem como agir de forma diferente. O primeiro passo é controlar a ocorrência. A disposição imediata para o incêndio seria apagar o fogo e para o acidente, chamar o atendimento de emergência.
Defina a tratativa das não-conformidades como responsabilidade de TODA a organização e não apenas da área da qualidade.
O que se percebe em muitas organizações é a “correção” de não-conformidades, ao invés da “ação corretiva”, ou seja, elimina, mas não previne a repetição. Porém, o problema não acaba aqui e a empresa cai na maior armadilha na tentativa de resolver a não-conformidade, desconhecer a causa raiz, dimensionar mal o problema, contentar-se com uma única solução e desprezar os detalhes.
Se as causas não forem analisadas a tendência é que voltem a acontecer. Resultado disso: erro, desvio, não-conformidade, retrabalho, desperdício, prejuízo.
Para mudar esta cultura é necessário que o líder exija
análise e não só o tratamento de qualquer forma somente para se livrar da não conformidade.
Muitas são as formas de se tratar corretamente uma não-conformidade, inclusive com o uso de ferramentas adequadas para cada organização.
Transforme o problema em oportunidade de melhoria:
- Treine os colaboradores (todos) para que possam entender corretamente os conceitos de “não-conformidade”, “ação corretiva”, “correção”, “ação preventiva”.
- Crie indicadores mensuráveis para acompanhar as não-conformidades, por exemplo, relacionados ao custo das mesmas. Alinhe esses indicadores as metas estratégicas da organização.
- Defina a tratativa das não-conformidades como responsabilidade de toda a organização e não apenas da área da qualidade.
- Use ferramentas adequadas ao perfil da sua organização. Prefira ferramentas mais simples e de fácil entendimento dos colaboradores.
No final deste post, você decidiu que, a partir de agora vai monitorar e fazer a gestão adequada das não-confomidades na sua empresa? Provavelmente ficará surpreso com a quantidade de ocorrências. Isso é ruim?
Não. Ruim é você ignorar os problemas cotidianos que interferem diretamente na qualidade de seus produtos e serviços. Péssimo é você apenas reconhecer ou identificar os desvios e não tratar as não-conformidades e, pior ainda, não aproveitar esta oportunidade de melhoria.
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