Por Giovanni Carvalho
Consultor e Gestor da Qualidade da Vitória Transportes
E quando passar?
Muitos voltarão ao isolamento anterior gerado pelas turbulências, inconsistências e barreiras causadas pelo mau uso da mídia, WhatsApp, Facebook, Instagram. Assim como, pelo comodismo sustentado na sua verdade absoluta, ausência de critério e desconhecimento técnico, autossuficiência, prepotência, prevalecimento de interesses pessoais em detrimento do todo e de uma comunicação organizacional capaz de fazer da mensagem mais clara, da informação mais consistente, o objeto de decisões completamente equivocadas. Pois não foram percebidos e analisados: os riscos, oportunidades e mudanças, que ela trazia. Muito menos os seus efeitos.
Outros, como um time, perceberão que uma boa dose de “aprender, desaprender e reaprender” (Alvin Toffler), associada à capacidade de adaptação e de superação das suas próprias vontades, verdades e desejos em detrimento das necessidades da organização e de todos os envolvidos, farão a diferença. Deixarão de ser orientados pela bússola do EU FAÇO, EU POSSO e do EU CONSIGO. Passarão a dirigir famílias, comunidades, organizações e federações orientados pelo NÓS CONSTRUÍMOS.
A transformação de comportamento à qual nos convida o COVID-19, exige de nós, mais atenção para com o nosso interior contaminado por muitos outros vírus ao longo da nossa construção pessoal, familiar, religiosa, política, acadêmica, profissional e empresarial, como: incredulidade, relativismo, intolerância, ignorância, ingratidão, egoísmo, ambição, ganância, deslealdade, soberba, vaidade, mentira, medo, insegurança. Enfim, antes do COVID-19 muitos já se encontravam em estado de decomposição sistêmica desde a raiz, contaminando muitos ambientes comunitários e organizacionais.
Incrível como comunitariamente parecemos com lavouras contaminadas pelo “MAL DO PÉ”. Quando a contaminação não acontece no início da formação da lavoura, as plantinhas sadias encobrem a superfície, tornando difícil a identificação das plantas doentes. Seus danos serão percebidos durante a colheita.
Quero dizer que continuamos nas nossas comunidades, sejam elas organizacionais, políticas, religiosas e / ou familiares, com plantas adoecidas encobertas por plantas sadias. Onde só perceberemos as suas influências negativas quando nos são apresentados os resultados em tempos difíceis.
Acredito que estamos passando por um processo de profunda transformação humana. Aqueles que se permitirem avaliar e transformar de forma mais rápida e efetiva, por maior que seja a dor, sejam como indivíduos ou como comunidades, sairão melhor. Aquele que porventura se privar desta exigência universal, agindo como se estivesse ainda em 2019, provavelmente sucumbirá. Ou sairá extremamente abatido e combalido desta crise.
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