Existem diversas expressões utilizadas no mundo corporativo, algumas mais conhecidas, outras nem tanto. Seja nos corredores das empresas ou mesmo em reuniões de negócio, alguém sempre cita um termo, um acrônimo que sintetiza toda uma ideia ou algo que se queira exprimir.
Mas não importa a origem da palavra, seja em português ou em inglês, fato é que muitas siglas têm um enorme valor na comunicação executiva.
Por isso, sabendo que diversos jargões, expressões e, até mesmo, palavras “americanizadas” estão cada vez mais presentes no dia a dia da administração, montamos uma compilação dos termos mais usados em gestão e seus significados. Confira!
EQM: Gestão da Qualidade Empresarial
EQM trata-se, sobretudo, de um modelo completo de qualidade e de conformidade organizacional.
As soluções em EQM gerenciam, monitoram e exibem os indicadores da qualidade em conformidade com diferentes padrões, tais como ISO, Lean, Six Sigma etc.
Em síntese, quando se fala de uma ferramenta de EQM, espera-se que ela contemple as principais práticas de qualidade, tais como gerenciamento de processos, gestão de documentos e registros, indicadores, gestão de mudanças, não conformidades e ações corretivas/preventivas, satisfação do cliente, auditorias, gestão de competências, riscos e controles, entre outras iniciativas.
TQM: Gestão da qualidade total
O modelo TQM se fundamenta na melhoria contínua dos processos com foco no atendimento pleno das necessidades do cliente e segue os seguintes processos:
- Determinação de uma área de melhoria;
- Definição daqueles que atuarão na melhoria;
- Identificação das melhores soluções;
- Avaliação do método atual;
- Análise de um piloto de melhoria;
- Implementação das melhorias.
A literatura apresenta o que chama de “10 mandamentos da Qualidade Total”:
- Satisfação do cliente;
- Delegação;
- Gerência;
- Melhoria Contínua;
- Desenvolvimento das pessoas;
- Disseminação de informações;
- Não aceitação de erros;
- Constância de propósitos;
- Garantia de qualidade;
- Gerência de Processos.
SGQ: Sistema de gestão da qualidade
O Sistema de Gestão da Qualidade (SGQ) consiste na integração de elementos para satisfazer a política da qualidade e os objetivos da organização, tendo reflexo nos produtos e serviços, e atendendo, consequentemente, as expectativas dos clientes.
É uma ferramenta que exerce controle, padroniza os processos e também promove a aferição das ações tomadas, com foco na melhoria contínua dos processos.
O organismo que dita às normas desse Sistema de Gestão é a ISO — International Organization for Standardization. A instituição internacional especifica os seguintes princípios:
- Atenção ao cliente;
- Liderança;
- Envolvimento das partes;
- Foco nos processos;
- Orientação sistêmica;
- Melhoria contínua;
- Tomada de decisão embasada em fatos;
- Relacionamento com fornecedores.
Por meio de documentos e registros, uma organização pode comprovar o atendimento aos requisitos estabelecidos.
POP: Procedimento operacional padrão
É um documento que especifica o planejamento do trabalho a ser realizado. Um passo a passo para a realização de uma atividade.
O POP contempla os seguintes elementos:
- Responsável pela tarefa e equipamentos;
- Peças e materiais necessários;
- Procedimento das atividades críticas, de operação e de pontos de atenção de cada tarefa;
- Checklist de inspeção regular dos equipamentos de produção.
O POP é destinado ao executor da tarefa, logo, precisa ser simples, completo e objetivo. Esse instrumento é a base para garantir a padronização de atividades e garantir um serviço ou produto livre de variações.
KPI: Indicador-chave de performance
Vem do inglês: Key Performance Indicator. É um meio medir se uma ação ou um conjunto de iniciativas estão atendendo aos objetivos almejados pela organização.
Um KPI pode ser um número ou um valor percentual, basta que seja quantificável, passível de monitoramento e que meça um atributo estrategicamente importante para a organização.
BSC: Balance scorecard
O BSC é uma ferramenta de planejamento estratégico na qual a empresa tem definidos os seus objetivos estratégicos, metas, iniciativas e planos de ação, visando aferir o desempenho empresarial por meio de indicadores nas seguintes perspectivas:
- Financeiro: criar novos indicadores de desempenho para que os acionistas, por exemplo, possam ter melhor lucratividade;
- Clientes: conhecer qual a satisfação dos clientes com a empresa;
- Processos internos: a empresa deve investigar se há produtos com defeito, se foram entregues no tempo previsto etc.
- Aprendizado e crescimento: diz respeito à capacidade de inovação, retenção de talentos e evolução.
5S: Metodologia japonesa baseada em “sensos”
O conceito de 5S se deve a cinco palavras de origem japonesa: Seiri, Seiton, Seiso, Seiketsu e Shitsuke. Em português, foram traduzidas como “sensos”, para não prejudicar a nomenclatura original do programa: senso de utilização, senso de organização, senso de limpeza, senso de saúde e senso de autodisciplina.
Senso de Utilização
Significa utilizar os recursos (materiais, ferramentas, acessórios, equipamentos, dados etc.) com sabedoria.
Senso de Organização
Trata da importância de ter todas as coisas à mão, disponíveis para serem acessadas a qualquer tempo.
Senso de Limpeza
Se refere à importância de acabar com a sujeira ou com elementos desnecessários ao ambiente.
Senso de Padronização e Saúde
É traduzido na determinação de padrões de cores, geometria, iluminação, localização, sinalização etc.
Senso de Disciplina ou Autodisciplina
Aborda o cumprimento e o comprometimento pessoal com os sensos anteriores. Quer dizer, se refere aos padrões éticos e morais de cada ser.
6M: Diagrama de Ishikawa
O Diagrama de Ishikawa, de Causa e Efeito ou Espinha de Peixe possibilita estruturar as causas de um problema ou as oportunidades de melhoria.
As motivações de um problema podem ser classificadas, a partir do conceito dos 6M, como causadas por defeitos em: materiais, métodos, mão de obra, máquinas, meio ambiente ou medidas.
Quer dizer, o 6M serve como uma estrutura inicial que facilita o raciocínio na atribuição de causa aos problemas.
RNC: Registro de não conformidade
Trata-se de um documento que aponta e, sobretudo, registra uma não conformidade para que se possa evitar ocorrências futuras. É importante que contenha os seguintes itens:
- Organização auditada;
- Processo auditado;
- Data da emissão da não conformidade;
- Momento da identificação da não conformidade: na realização de auditoria interna, externa, durante a visita de campo etc.;
- Graduação da não conformidade: maior ou menor;
- Requisito não conforme: pode ser normativo, legal, contratual ou algum procedimento interno;
- A evidência objetiva: quais as provas que apresentam desobediência ao requisito avaliado.
PFMEA: Failure mode & effect analysis
O PFMEA é uma ferramenta que serve para aumentar a confiabilidade de um determinado processo. Consiste na estruturação de um conjunto de atividades que possam detectar possíveis falhas no projeto/processo. A partir desses eventuais ofensores, identificam-se ações para extinguir ou para reduzir a probabilidade de reincidência.
Ou seja, é extraída uma lista de falhas possíveis, classificadas por grau de risco e das respectivas ações para mitigá-las.
Com essa lista, acreditamos ter abordado os termos mais usados em gestão. Você já conhecia todos eles? Gostaria de acrescentar mais algum? Deixe sua sugestão nos comentários!
1 Comentário. Deixe novo
Ótimo artigo, em lembrou de uma aula de Engenharia, parabéns.
Muita gente nao sabe, mas os POPs são regulamentados e obrigatórios para diversos setores. Por exemplo, toda fábrica ou restaurante precisa de um Manual BPF (Boas práticas de Fabricação) para evitar multas.
Da mesma forma, o Registro de não conformidades é uma parte integrante das análises de processos de produção e costuma ser muito utilizado para diagnosticar a necessidade de PCP.
O PDCA também é uma importante ferramenta de gestão de qualidade, espero ver mais artigos desse por aí.
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