Um artigo interessante circula pela internet. Registramos aqui alguns trechos que merecem a leitura com atenção e calma.
Os processos globalizados causam-nos a nós (brasileiros, portugueses, argentinos, colombianos, peruanos, venezuelanos, mexicanos, australianos, asiáticos, etc…) uma ansiedade generalizada na busca de resultados imediatos.
A idéia é contraposição ao espírito do Fast Food e o que ele representa como estilo de vida. Verdadeiramente surpreendente é que este movimento Slow Food está servindo de base para um movimento mais amplo chamado “Slow Europe” como salientou a revista Business Week numa das suas edições européias.
“Esta atitude ‘sem pressa’ não significa fazer menos nem ter menor produtividade.”
Na base de tudo isso está o questionamento da pressa e da loucura geradas pela globalização, pelo desejo de “ter em quantidade” (nível de vida) ao contrario do “ter em qualidade”, “Qualidade de vida” ou “Qualidade de ser”.
Segundo a Business Week, os trabalhadores franceses, ainda que trabalhem menos horas (35 horas por semana) são mais produtivos que os seus colegas americanos e ingleses. E os alemães, que em muitas empresas já implantaram a semana de 28,8 horas de trabalho, viram a sua produtividade aumentar uns apreciáveis 20%.
A denominada “slow attitude” está chamando atenção dos próprios americanos, escravos do “fast” (rápido) e do “do it now” (faça já).
Portanto, esta atitude “sem pressa” não significa fazer menos nem ter menor produtividade. Significa sim trabalhar e fazer as coisas com “mais qualidade” e “mais produtividade”, com maior perfeição, com atenção aos detalhes e com menos stress.
Significa retomar os valores da família, dos amigos, do tempo livre, do prazer dum belo ócio e da vida em pequenas comunidades. Do “aqui” presente e concreto, ao contrário do “mundial” indefinido e anônimo.
Significa retomar os valores essenciais do ser humano, dos pequenos prazeres do cotidiano, da simplicidade de viver e conviver, e até da religião e da fé.
Significa um ambiente de trabalho com menos pressão, mais alegre, mais leve e, portanto mais produtivo, onde os seres humanos realizam, com prazer, o que melhor sabem fazer.
É saudável refletir sobre tudo isto. Será que os antigos provérbios: “Devagar se vai ao longe” e “A pressa é inimiga da perfeição” merecem novamente a nossa atenção nestes tempos de loucura desenfreada?
Não seria útil e desejável que as empresas da nossa comunidade, cidade, estado ou país começassem já a pensar em desenvolver programas sérios de “qualidade sem pressa” até para aumentarem a produtividade e a qualidade dos produtos e serviços necessariamente sem perder “qualidade do ser”?
Pense nisso e pratique! Ótima semana e bom trabalho!
Viver sem pressa!
http://www.ecosust.org.br/
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