Como seria a análise e de riscos para os jogos olímpicos de 2016, no Brasil?
A Análise Preliminar de Riscos (APR) é própria para ser empregada na fase inicial de concepção e desenvolvimento das plantas de processo, na determinação dos riscos que possam existir. Ela não exclui a necessidade de outros tipos de avaliações de riscos (Hazop, Gretener, FMEA). Ao contrário, é uma precursora de outras análises.
As principais vantagens da APR são: identificação com antecedência e conscientização dos perigos em potencial por parte da equipe de projeto e identificação e/ou desenvolvimento de diretrizes e critérios para a equipe de desenvolvimento do processo seguir. Assim, à medida que o projeto se desenvolve, os perigos principais podem ser eliminados, minimizados ou controlados logo de início.
Em um país em que a pontualidade é questão de honra, onde existe hora marcada até para beber chá e os metrôs saem pontualmente em horários quebrados – às 9h02 -, a preparação para sediar os Jogos não poderia fugir à regra.
Londres promoveu uma maratona de testes para avaliar a qualidade de equipamentos, serviços e mão de obra e corrigido problemas dentro e fora das arenas.
Para sediar uma Olimpíada à prova de terror, pânico, falhas e tropeços, Londres promoveu uma maratona de testes para avaliar a qualidade de equipamentos, serviços e mão de obra e corrigido problemas dentro e fora das arenas.
“Revisões e alterações são vistos como melhorias positivas. Os testes são para isso”, avalia a autoridade olímpica de Londres, via assessoria. Entre os principais pontos analisados nos torneios estão qualidade da força de trabalho, pontualidade, iluminação, cronômetros e placares, e também as novas arenas.
Foi realizada a simulação de um atentado terrorista numa estação de metrô no centro, que mobilizou 2.500 pessoas, durou dois dias e foi organizada pela polícia para testar os serviços de emergência e segurança.
Além de simular retirada de passageiros, atendimento a feridos e preservação do local da explosão de um pacote, a polícia também está avaliando o processo de tomada de decisões de autoridades.
Para entrar no Parque Olímpico, por exemplo, o processo é similar ao dos aeroportos: bolsas e casacos passam por raio-X, e espectadores e equipes por detectores de metal.
Além da segurança, Londres levou a sério a proposta de fazer das Olimpíadas 2012 a mais sustentável da história e implantou diversas medidas: desde a ênfase em transporte público coletivo para a ida aos estádios até a contagem das emissões de carbono durante os jogos.
Diferentemente dos jogos passados, na China, que deixaram como legado diversos estádios sem funcionalidade definida, os britânicos perceberam a oportunidade de utilizar as Olimpíadas para aprimorar a infraestrutura urbana da cidade e implantar soluções permanentes.
Em breve será vez do Brasil. Como seria a análise de riscos no Brasil?
Para se ter um bom projeto, é necessário planejar, que significa pensar antes para fazer melhor. É preciso trabalhar a partir de agora, ainda com mais afinco para desenvolver rápida e eficientemente os projetos de cada estádio, praça, rodovia ou aeroporto que precisaremos para 2014 e 2016. Há aqui grave risco para a arquitetura e engenharia de “projetos à brasileira”.
Alguns poderão ser tentados a contratar, sem licitação, escritórios estrangeiros, sob a alegação de que estes já têm experiência no projeto de estádios, padrão Fifa ou padrão COI. A justificativa será a de sempre: “Como já estamos atrasados, não há tempo a perder com demoradas licitações”.
Não podemos desperdiçar essas raras oportunidades para desenvolver a competência das empresas brasileiras, competência essa que poderá ser exportada nos megaeventos esportivos mundiais, no futuro.
Organizar a Copa e as Olimpíadas é um desafio para todos os brasileiros. O principal problema está na infraestrutura. Não podemos correr o risco de fazer a Copa 2014 e as Olimpíadas 2016 e não deixar nenhum resultado importante para as cidades envolvidas.
O melhor resultado da Copa 2014 e das Olimpíadas 2016 é o Brasil 2017, o legado positivo desses eventos para nosso país.
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Referências:
PROF. AMORIN, Eduardo L. C. Apostila de Ferrramentas Análise de Riscos, CTEC- Centro de Tencnologia, UFAL – Universidade Federal de Alagoas
Copa 2014, Olimpíadas 2016 – Brasil 2017: Problemas e desafios para o Rio de Janeiro
As lições de Londres
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