Pesquisas recentes mostram como as tecnologias digitais têm afetado nosso cérebro. Um dos impactos mais importantes é do multitasking – fazer várias coisas ao mesmo tempo. A pressão social para que consigamos dar conta de tudo é muito grande. Por exemplo, em média, trocamos 37 vezes de janela ou checamos e-mails em cada hora; em 2008 as pessoas consumiram 3 vezes mais informações por dia do que em 1960.
“(…) o Facebook pode destruir o seu cérebro, diz estudo.”
No artigo “Attached to Technology and Paying a Price”, do New York Times, um neurocientista da Universidade da Califórnia disse que “A interatividade ininterrupta é uma das mais significantes mudanças de todos os tempos no ambiente humano. Estamos expondo nossos cérebros a um ambiente e pedindo que façam coisas que não estamos necessariamente evoluídos para fazer. Sabemos que há consequências”.
De acordo com outro estudo, da Hewlett-Packard, “os trabalhadores distraídos por email e telefonemas sofrem uma queda de QI duas vezes maior do que observado em fumantes de maconha”. O multitasking, entre outras coisas, diminui a nossa memória, criatividade, capacidade de decisão e vicia.
Nicolas Carr, afirmou há alguns anos que o Google estava nos deixando burros. Por outro lado, outros estudos sugerem que a busca ativa mais o cérebro do que a leitura – na imagem abaixo, o cérebro da esquerda está lendo um livro e o da direita está fazendo busca na internet.
O infográfico “Google andMemory” baseia-se em diversos estudos que indicam transformações causadas pelo Google no nosso cérebro. Uma delas é o fato de não lembrarmos mais de informações, mas onde encontrá-las. Esse fenômeno foi batizado de Google Effect.
O artigo “Is the on slaught making us crazy?” da revista Newsweek (jul/2012) traz inúmeros estudos que mostram impactos negativos da internet no nosso cérebro e no nosso comportamento. Outro artigo, da Digital Trends, sugere que o Facebook pode destruir o seu cérebro, diz estudo.
Por outro lado, inúmeros outros estudos comprovam benefícios decorrentes do uso das tecnologias digitais, como no caso em que empreendedores que usam redes sociais têm mais confiança, ou no estudo que mostra que usar computador faz bem à saúde mental dos idosos, entre outros.
Afinal, tudo isso nos faz bem ou nos faz mal?
Pesquisas são conduzidas diariamente ao redor do planeta que continuam a analisar o impacto das tecnologias em nosso cérebro. Se não sabemos ainda exatamente quais desses impactos são benéficos ou não, sabemos por certo que eles acontecem.
E você? Tem pensado sobre isso?
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Leia na íntegra – Cérebro e Tecnologia: o bit nosso de cada dia
Martha Gabriel é autora de 4 livros, inclusive o best seller “Marketing na Era Digital“, palestrante de 3 TEDx, keynote speaker internacional com mais de 50 palestras no exterior e premiada três vezes como melhor palestrante em congressos nos Estados Unidos.
2 Comentários. Deixe novo
Concordo com a teoria, sem a necessidade de visualizar cérebros dissecados. Quase nunca uso facebook, porque não tenho TEMPO. Realmente, hoje o facebook virou uma ferramenta para as pessoas simplesmente escreverem o que pensam, e se a gente “não comenta” algo, a gente pode ser condenado por alienação, injustamente. Uso redes sociais de modo equilibrado. Gente viciada em qualquer rede, tem “algum problema” ou interesse específico… respeito.
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