(por Eugênio Romanini*)
Sonhar não é proibido, muito pelo contrário, é permitido e deve ser estimulado. Quantas conquistas a humanidade já alcançou partindo apenas de um sonho.
Em agosto de 1963, o americano Martin Luther King proclamou em seu mais famoso discurso “I have a dream”, que expressava o desejo e a necessidade de uma convivência harmoniosa entre brancos e negros.
Em 1906 o brasileiro Alberto Santos Dumont deixou o público perplexo em Paris quando conseguiu voar pela primeira vez com seu protótipo de avião batizado de 14-Bis. E tudo começou com um sonho. Na infância, depois de ler A volta ao mundo em oitenta dias – de Julio Verne – Santos Dumont iniciou suas experiências e invenções.
Por outro lado, já perdi a conta de quantos sonhos dos mais variados me contaram, e que depois de tempos, ainda continuam sonhos.
Transformar sonho em realidade dá trabalho. Exige atitude, planejamento, dedicação, superação, comunicação e controle. Execução é para os fortes.
Executar é “colocar a mão na massa”, não se executa somente delegando. Porém, para executar é preciso ter consciência exata do se quer, por isso, o planejamento é fundamental e deve vir primeiro.
Comece respondendo a duas questões mandatórias do planejamento. O que eu quero e em quanto tempo.
Sonhe em emagrecer cinco quilos em um mês. Agora planeje emagrecer cinco quilos em um mês. Sonhe em aprender um novo idioma em dois anos. Agora planeje aprender um novo idioma em dois anos. Sonhe em conquistar novos mercados em um ano, agora planeje conquistar novos mercados em um ano.
Já sabe o que quer? Agora escreva as ações principais imaginando uma ordem sequencial/cronológica entre elas. Você não consegue saltar de paraquedas sem ter um paraquedas.
Estipule um tempo para cada atividade principal e comece dentro do necessário a abrir as atividades principais em atividades menores sem detalhar mais do que o necessário. Se vai viajar para um lugar desconhecido, é prudente pesquisar um pouco sobre as opções antes de embarcar.
Reúna a equipe, seja claro e transparente ao informar o alvo pretendido. O barco é o mesmo para todos. Não deixe de informar se alguma resposta para o planejado (que não seja fundamental) ainda não estiver clara. O óbvio para você pode não ser o óbvio para os demais. Agora execute e controle cada uma das atividades. Tenha certeza que você ou a pessoa que executará tem conhecimento e as competências necessárias para executá-la com maestria. Não coloque um mecânico de automóveis para regular o motor de um foguete, e acredite. Esse é o primeiro ponto onde sonhos continuam sendo sonhos.
Envolva, comprometa as pessoas que vão ou estão trabalhando em cada uma das atividades. Comunique os estágios da transformação do planejado em executado e acredite mais uma vez. Esse é o segundo ponto onde sonhos continuam sendo sonhos.
Dedique tempo ao acompanhamento e controle. Corrija os rumos o mais rápido possível. Assuma o compromisso em parar imediatamente uma atividade que não esteja dentro dos padrões estabelecidos. Identifique o problema, corrija, recomece.
Transforme os erros em aprendizado e os acertos em celebrações e recompensas.
Sonhos não têm tamanhos, planejamento tem. Sonhos não consomem recursos, execução consome.
Saiba a hora de parar. O ótimo é inimigo do bom. É muito melhor um bom sonho executado, do que um ótimo sonho sonhado.
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*Eugênio Romanini é Gerente de Tecnologia e Negócios e Mestre em Estratégia Empresarial.
Fonte: http://www.baguete.com.br/artigos/1162/eugenio-romanini/06/11/2012/execucao-e-para-os-fortes
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