Gestores na grande maioria das organizações acham que errar é ruim. A máxima popular diz: “errar é humano e persistir no erro é burrice”, ou seja, errar pode ser inevitável, mas aprender com o erro é uma ordem, principalmente na vida organizacional.
De acordo com Amy Edmonson [i], a idéia que errar é ruim está equivocada. “Errar nem sempre é ruim. Na vida organizacional, às vezes é ruim, às vezes inevitável e, às vezes, até bom. Em segundo lugar, aprender com o erro é tudo, menos simples.” Amy, explica ainda que, em sua experiência de mais de 20 anos em empresas de diversos segmentos, a maioria delas carece da atitude e das atividades necessárias para a eficaz detecção e análise de erros.
Não basta delegar à equipe que redija um relatório sobre o ocorrido e, em seguida, distribuí-lo por toda a organização, adverte. Uma prática comum na maioria delas é ao invés de gerar uma estratégia de aprendizado, essa atitude, provoca a abertura da “temporada de caça” aos culpados. Não adianta eliminar os culpados e não os erros.
“Errar nem sempre é ruim. Na vida organizacional, às vezes é ruim, às vezes inevitável e, às vezes, até bom”.
Todo líder precisa entender que há um espectro de erros – do condenável ao louvável – e que estes de dividem em três categorias:
- Erros em operação de rotina ou previsíveis, que podem ser evitados.
- Erros em operações complexas, que não podem ser evitados, mas podem ser controlados, de modo a não resultar em tragédia.
- Resultados indesejados em, por exemplo, ambientes de pesquisa, que têm valor por gerar conhecimento.
Embora aprender com o erro exija uma estratégia distinta (…), a meta deve ser detectar depressa o erro, analisá-lo a fundo.
Aprender com o erro pode se tornar mais simples?
Existem várias ferramentas e metodologias bastante conhecidas para análise de causa e gestão de não conformidades, em outros post já foram citados: diagrama de Ishikawa e a metodologia dos 5 Porquês, por exemplo.
O mercado de software tem desenvolvido tecnologias para facilitar e simplificar a utilização dessas ferramentas. O sistema de gestão de não-conformidades, por exemplo, automatiza processos e conduz o usuário para a solução do problema (erro).
Dessa forma, neutralizando o jogo da culpa e reduzindo o estigma do erro como insucesso, a empresa tem mais chances de enxergar nas falhas, uma nova oportunidade para inovação.
[i] Amy Edmonson é titular da cátedra Novartis Professor of Leadership and Management e codiretora da unidade Technology and Operations Management da Harvard Business School, nos EUA.
Leia mais:
Estratégias para aprender com o erro – Harvard Business Review http://www.hbrbr.com.br
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